quarta-feira, 21 de julho de 2010
CASO APLB- EDÉSIO LIMA FOI OUVIDO E DIZ QUE É INOCENTE
Porto Seguro - Na manhã desta segunda-feira (19/07/10) foram reiniciadas as oitivas do caso APLB de Porto Seguro que teve como vítimas fatais os professores Álvaro Henrique Santos e Elisney Pereira.
Chegaram logo cedo ao Fórum Dr. Osório Borges de Menezes, os acusados de terem encomendado os crimes; o ex secretario de comunicação do município Edésio Ferreira lima Dantas e os policiais militar Rodrigues, Sandoval e Geraldo.
Foram ouvidas 6 testemunhas de defesas no período da manhã e na parte da tarde foi ouvido o ex secretario Edésio e já no inicio da noite o PM Sandoval e os outros dois policiais Rodrigues e Geraldo ficaram para serem ouvidos na manha desta terça-feira (20).
A primeira testemunha a ser ouvida foi o professor Evadelis Pereira Santos, amigo e colega de Álvaro, que recebeu uma semana antes do crime, um email de Álvaro dizendo que caso lhe acontece alguma coisa, seria ação de alguém ligado a prefeitura e em assim sendo, que ele mostrasse o email às autoridades competentes.
A segunda testemunha foi Claudio Carvalho de Brito (irmão do motorista "Pequeno" que também foi assassinado); ele disse que seu irmão nunca teve envolvimento com trafico de drogas, que era uma pessoa trabalhadora, que o primeiro trabalho dele foi com uma bicicleta de som, que também trabalhou com Ivan Bahia em uma locadora de veículos, que sua família mora a 14 anos na cidade e nunca se envolveu com nada errado, todos são lutadores pelo pão de cada dia e após ter trabalhado com Ivan Bahia, "Pequeno" foi indicado pelo mesmo para trabalhar na prefeitura, o qual foi motorista do ex secretario de governo Edésio e que "Pequeno" gostava muito de trabalhar com Edésio Lima e tinha o grande respeito pelo seu patrão.
A terceira testemunha foi Juliana Ramos que conhece o policial Geraldo e disse que nunca soube de nada que viesse atrapalhar no seu trabalho, que ele sempre foi e é até hoje uma pessoa dedicada a sua família e amigos, um bom amigo, um grande pai e um ótimo servidor público, que sempre cumpriu com o seu papel de policial, papel que ele sabe desempenhar muito bem.
A quarta testemunha foi Luiz Carlos Ferreira (amigo de "Pequeno") que disse que o amigo nunca teve envolvimento com drogas, o único problema que ele tinha era com as mulheres, que ele era mulherengo e pode ter sido isso que o levou a morte, devido a uma briga que ele teve com Marcelo, terceiro que também morreu, tudo isso por causa de mulher.
A quinta testemunha a ser ouvida foi Jair Martins Bahia. A testemunha disse que o que deve ter levado "Pequeno" à morte foi uma rixa criada em uma festa por causa de mulher, porque ele tinha fama de mulherengo.
A sexta testemunha ouvida foi Ubster Alves da Silva dono de uma Locadora de veículos que é amigo do policial Rodrigues e que emprestou um veiculo para o policial ir até a cidade de Feira de Santana onde mora sua família.
Na parte da tarde o primeiro entre os acusados a ser ouvido foi o ex secretario Edésio Lima que declarou ser inocente e que o seu motorista conhecido como "Pequeno" era uma ótima pessoa, que nunca o viu armado e que ele (Edésio) jamais mandaria matar alguém, ele disse que espera que a justiça seja feita, que ele sempre foi uma pessoa sofrida, lutou bastante na vida para chegar aonde chegou e agora esta passando por essa vergonha e ainda é chamado de assassino e que ele e o professor Álvaro tinham um bom relacionamento e que Álvaro lhe procurou por duas vezes e disse que era contra a greve e que as únicas coisas que ele estava reivindicando eram desvio de função e desvio do dinheiro dos fundef (verba da educação) e que algumas coisas que foram solicitadas pelo professor Álvaro foram atendidas e outras não. Edésio voltou a dizer que jamais mandaria matar quem quer que seja, que ele é de paz.
Por último foi ouvido o policial Sandoval que também disse que jamais faria isso, que sempre trabalhou dentro da maior honestidade e transparecia, sempre lutou para defender a população de Porto Seguro e que recebeu em troca 5 meses de prisão. Acusado de ser um dos mandantes do assassinado dos professores, ele disse que espera em Deus que a justiça seja feita.
Nesta terça-feira (20) por volta das 09h00 os trabalhos serão retomados, quando serão ouvidos os policiais Rodrigues e Geraldo.
O delegado Renato Ribeiro Fernandes também seria ouvido nesta segunda-feira (19), mas o Juiz Dr. Roberto de Freitas Junior recebeu um oficio da 23ª Coordenadoria da Polícia Civil dizendo que o delegado foi transferido para a cidade de São Miguel das Matas/BA onde deve ser ouvido.
Após ouvir as testemunhas de defesa e os acusados, o Juiz Roberto de Freitas Junior vai apreciar todo o processo e também os pedidos dos advogados dos acusados e a partir dai vai decidir se os acusados vão a júri popular ou não.
POR: Fred leão
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